segunda-feira, 2 de junho de 2008

Conflitos agravam violência contra mulheres na RD Congo


A informação é de um relatório apresentado na 7ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça. A relatora da ONU para os direitos humanos, Yakin Ertürk, disse que o conflito armado na República Democrática do Congo agrava a violência contra as mulheres. Ertürk apresentou nesta quarta-feira na 7ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça, um relato sobre a situação das mulheres. Ela destacou casos observados também na Argélia e no Gana. Segundo Ertürk, no leste da RD Congo, grupos armados incluindo milícias estrangeiras, cometem atrocidades que afetam às mulheres física e psicologicamente.
A relatora sugeriu ao governo congolês a adoção de políticas de tolerância zero em relação à violência contra mulheres e que os responsáveis por esses crimes sejam punidos.

Entre os efeitos mais graves da guerra no congo, estão:

- As agressões sexuais, como arma de Guerra contra mulheres e crianças, atingiram proporções enormes. Só no ano passado, foram noticiados 25.000 casos de violação na região oriental da RDC.
- As crianças vêem-se envolvidas na guerra enquanto refugiados e pessoas internamente deslocadas (IDP). Na região oriental da RDC chega a 120.000 o número de pessoas que, por mês, se vêem obrigadas a deslocar-se de suas casas e 1.66 milhões de pessoas permanecem deslocadas. As migrações constantes privam as crianças da escolaridade dos cuidados de saúde e de alguma normalidade na sua vida.
- Calcula-se que possa haver 30.000 crianças associadas a forças ou grupos armados como combatentes, escravos sexuais e ajudantes.
- Quase metade das crianças em idade escolar primária não vão à escola e uma em cada três crianças menor de um ano não está vacinada contra o sarampo. A percentagem de crianças menores de um ano que estão subnutridas é alarmante: 31 por cento.


Argélia

No caso da Argélia, Yakin Ertürk disse que o país registrou progressos ao adotar novas políticas sociais, realizar reforma das leis, entre outras medidas para promover a igualdade do gênero. Ertürk pediu ao governo argelino maior atenção às meninas de rua que ficam sujeitas a abusos e exploração sexual. Gana A relatora da ONU disse que as mulheres do Gana, na África Ocidental, não beneficiam da paz que se vive no país. De acordo Yakin Ertürk, a violência física e sexual contra mulheres é um fenômeno que se vive nas casas e nas ruas. O relatório revela que as meninas são vítimas de casamentos forçados, sofrem mutilação genital entre outras práticas.

Gana

A relatora da ONU disse que as mulheres do Gana, na África Ocidental, não beneficiam da paz que se vive no país. De acordo Yakin Ertürk, a violência física e sexual contra mulheres é um fenômeno que se vive nas casas e nas ruas. O relatório revela que as meninas são vítimas de casamentos forçados, sofrem mutilação genital entre outras práticas.


Quem é Yakin Ertürk
http://www.newr.bham.ac.uk/general/Conference/about_erturk.htm

Um comentário:

Fator Comunicação disse...

Como diria o professor Celso Leite

Estes países da Africa com IDH baixo, renda per capita baixa e indice de analfabetismo alto... só poderia dar nisso.... Precisam mais até o Brasil investir na educação.

Paulo
Grupo Quinteto Fantástico